terça-feira, 6 de maio de 2008

UM MÊS DEPOIS, NA RETA FINAL...

Amigos leitores, pais e mães do coração e simpatizantes que acompanham este trabalho. Há um mês atrás, lá pelo dia 5 de abril último, escrevi algumas linhas sobre a impressão do que via acerca do brutal e hediondo assassinato da menina Isabella Nardoni, de cinco anos. Um caso que deixou a todos os brasileiros órfãos e sofrendo com tamanha violência. Hoje, 6 de maio de 2008, o promotor Francisco Cembranelli estará encaminhando à Justiça, pedido de prisão preventiva ao casal Nardoni.

Muitas coisas ocorreram de lá pra cá. Desde uma entrevista concedida a Rede Globo, onde o casal Nardoni procurou "vender" uma imagem de happy family, onde todos eram felizes, inclusive Isabella, até mais provas e perícias. O que nos resta a fazer, diante disso tudo, é redobrar a nossa atenção e nosso olhar para com os nossos filhos.

Redobrar o olhar não significa dar mais ordens e ordens e deveres. Esses sim tem que fazer parte da vida e do cotidiano, pois nossos filhos precisam aprender a ter limites e também regras e obrigações. Quando falo aqui em redobrar o olhar, significa intensificar os cuidados e atenções para com os seus sentimentos, suas vontades. Significa ouvir nossos filhos, dar amor, carinho e também nos policiar. Até porque, você pai e você mãe, fica de cabeça quente em vários momentos. Quando o filho faz birra, quando faz biquinho, quer teimar. Nos policiar significa controlar nossos impulsos. Contar até dez, sempre. Pode parecer bobagem, mas momentos de loucura podem atacar a todos. Não que seja aceitável o ponto de um pai ou uma mãe esganar um filho e o jogar pela janela. Mas às vezes bater com uma força extrema ou
promover outro tipo de agressão pode levar uma criança ao hospital e até a morte.

O caso Isabella Nardoni trouxe à baila na sociedade um tema que até então era escondido de todos, à sete chaves: a violência contra a criança. Não é só filho de pobre que apanha não. A violência contra a criança saiu das casas e dos apartamentos da classe média e também da classe A. Tem filho de rico que apanha na cara, tem filho de empresário que é espancado e para em uma emergência de hospital. Violência extrapola o limite do humano, do tolerável. É a máxima explosão do descontrole e do não-pensável. Será que estamos cuidando bem de nossas crianças. São mais de 400 mil crianças agredidas por ano no país. O que equivale a toda a população de Florianópolis sendo vítima da violência e da truculência. Isso é sério e grave. Não podemos como sociedade fechar os nossos olhos para tudo isso.

Na reta final, com prisão ou não prisão do casal Nardoni, quem passa a ficar mais preso ou mais livre diante disso somos nós. Tais episódios, dramáticos e terríveis, nos fazem parar e pensar. Pensar em que tipo de sociedade vivemos e o que estamos criando para nossos filhos e para nós mesmos.

Uma boa leitura a todos. Participe, mande seu comentário e sua opinião

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