quinta-feira, 16 de agosto de 2007

DICA DE LIVRO: COMPREENDENDO OS PAIS ADOTIVOS



Brasília, 16/8/07 - "A verdade só existe verdadeiramente quando a atualizamos, a incorporamos ao acervo das nossas convicções e de nossas vivências. É a partir dessa maneira de aceitar e de viver a verdade que se estabelece a conduta dos pais adotivos de reconhecê-la não só como um direito do filho, como também uma necessidade para se conquistar a saúde mental e psicológica."

Falar de adoção e de compreensão de nossos filhos adotivos é realmente um desafio. E em momentos de dificuldade perguntamos: a quem recorrer. Um apoio importante, além do diálogo entre pais, amigos, psicólogos e afins, está sim na literatura. E PAIS ADOTIVOS SA sempre aproveita para passar a você, internauta de norte a sul do Brasil, e até do Exterior, dicas de boas leituras.

A dica de hoje vai para mais um livro escrito por Luiz Schettini Filho. "Compreendendo os Pais Adotivos" pode e muito ajudar a entender processos que para nós se tornam complexos. Nos faz ler, avaliar e entender realmente como observar em nós a verdade sobre os laços sanguíneos, gravidez pós-adoção, diferenças entre filhos adotivos e biológicos, consciência sobre maternidade e paternidade, entre outros tópicos.

Vale sim começar a montar, você leitor, a sua biblioteca sobre adoção. E mais, vale também conversar, falar, trocar vivências e idéias entre outros pais adotivos sobre o tema.

Essa é mais uma dica de leitura de PAIS ADOTIVOS SA.

REPORTAGEM: O DILEMA DA SEPARAÇÃO DE IRMÃOS

Por Letícia Duarte, Zero Hora, Porto Alegre, RS

Porto Alegre, 12/8/07 - Para um terço das crianças atendidas em abrigos do Estado, as chances de adoção se reduzem a dilema.

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), os grupos de irmãos não podem ser separados, mas a determinação dificulta a concretização do sonho de ter uma família.

A polêmica divide candidatos a pais e profissionais da rede de proteção à infância, enquanto uma campanha da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) tenta aumentar o número de processos. Diante das restritas perspectivas de garantir adoções conjuntas, há divergência sobre o que seria melhor para esses pequenos abrigados: ganhar uma família adotiva ou perder irmãos de sangue?

O administrador de empresas Newvani Cirolini Correa, 35 anos, e a enfermeira Clarice Molina do Nascimento, 35 anos, depararam com o dilema há um ano, quando entraram com pedido de guarda provisória de uma menina de quatro anos, mantida em um abrigo da organização não-governamental SOS Casas de Acolhida, em Canoas, com mais três irmãs.

Em dezembro de 2006, o juiz Charles Abadie von Ameln negou o pedido de guarda, acolhendo orientação da promotoria pela manutenção do vínculo familiar. O casal, que já tem um filho de 12 anos, não se conforma. E mantém um quarto reservado para a menina na casa de três quartos no bairro Sarandi, em Porto Alegre.

- Para nós, seria muito mais cômodo gerar outro filho, mas a gente gostaria de propiciar a uma criança carente uma oportunidade de ter uma família, uma vida melhor. Não teríamos condições para adotar todas as irmãs, mas poderíamos dar uma vida melhor para ela. É difícil brigar na Justiça, pagar advogado, mas a gente está lutando. Não tínhamos consciência de que o processo seria tão burocrático - lamenta Newvani, 35 anos, que conheceu a menina de cabelos loiros durante um trabalho voluntário desenvolvido na instituição.

Adoção de apenas uma irmã está sendo avaliada

Mesmo com a negativa inicial, o caso não está encerrado. A psicóloga da SOS Casas de Acolhida Sonia Bagatini, especialista em violência doméstica contra crianças e adolescentes pela Universidade de São Paulo (USP), diz que a Justiça encaminhou um pedido de avaliação sobre a possibilidade de separação das irmãs há 10 dias. A adoção também está impossibilitada porque ainda não foi feita a destituição do poder familiar.

- É preciso avaliar cada caso, mas se a adoção for trabalhada e garantir o vínculo entre irmãos, com visitas periódicas, a adoção em separado pode ocorrer. É melhor do que sentenciar essas crianças a serem institucionalizadas para sempre - diz Sonia.

Apesar da orientação do ECA, já houve decisões judiciais favoráveis à separação de irmãos. Para o juiz José Antônio Daltoé Cezar, da 2ª Vara da Infância e da Juventude da Capital e coordenador da campanha Mude um Destino no Estado, o principal critério é o tipo de ligação entre os irmãos.

- Às vezes, o vínculo é tão forte que seria desastrosa uma perda muito grande para crianças que já perderam tanto. Mas para outras não tem tanto impacto, porque esse vínculo não existe. É preciso verificar qual é o mal menor para elas - analisa Daltoé. rascunho

DRAMA: CRIANÇA COM LEUCEMIA PROCURA PAIS BIOLÓGICOS NA BAHIA


Fonte: Globo.com

Salvador, 16/8/07 - Envolto em um lençol, ainda com o cordão umbilical, o menino Luis Flavio foi deixado na carroceria de um carro em Salvador. A história dele emocionou um casal que decidiu adotá-lo quando ainda tinha poucos dias de vida.
Mas, em fevereiro deste ano, os médicos descobriram que Luis Flavio tem leucemia. Antes de completar dois anos de vida, o garoto começou a fazer sessões de quimioterapia. As internações de um mês no hospital são alternadas com dez dias em casa.

Segundo os médicos, com o tratamento de quimioterapia, o menino tem 20% de chances de cura. A melhor alternativa seria um transplante de medula, mas para que isso aconteça é preciso encontrar os pais biológicos da criança.

O médico que cuida do menino explica que a possibilidade de encontrar um doador compatível que não seja parente é de uma em um milhão. “O melhor doador seria um membro da família, ou seja, alguém que tenha a mesma carga genética que ele tem”, afirma Ronald Pallota.

Luta constante

A luta para salvar Luis Flavio alterou a rotina do pai. “É uma luta constante, eu não paro. Não estou trabalhando. Todos os dias eu vou à rua onde ele foi abandonando, tentando localizar alguma pista”, conta.

O garoto é o único filho do casal. A mãe, Leossandra Menezes, diz que nunca procurou saber quem é a mãe biológica e agora dá outra prova de amor e pede: “Essa mãe, por favor, apareça. Eu serei grata pelo resto da minha vida se você aparecer”.

PSICANALISTA CONTA EM LIVRO VANTAGENS DA GUARDA COMPARTILHADA DOS FILHOS

Por Irene Lôbo e Kelly Oliveira - Agência Brasil

Brasília - A maior angústia dos pais atualmente, tanto casados como separados, é não estar presente na vida dos filhos. A conclusão é do psicanalista, fotógrafo e pai, José Inácio Parente, que reuniu as habilidades nas três áreas para produzir um livro chamado Pai Presente.

“Tentei nesse livro mostrar com fotografias e com textos como é gostoso ser pai. São fotografias que mostram esse prazer da paternidade e da presença.”

Na opinião de Parente, os pais estão se dando conta de que ao se distanciarem dos filhos, por conta de uma separação ou de excesso de trabalho, podem perdê-los. Ele defende que, no caso de separação, um meio de não perder o contato com os filhos e participar da criação é a chamada “guarda compartilhada”, prevista no Código Civil.

Parente conta que viveu essa experiência durante cerca de dois anos, mas depois desse período os dois filhos do primeiro casamento preferiram morar com ele. Anteriormente, as crianças ficavam um mês morando com a mãe e no outro período com o pai.

“Tive um prazer muito grande de aprender a ser pai junto com eles”, afirma o psicanalista, coordenador do site www.pai.com.br. “A acho que é a melhor saída [a guarda compartilhada]. Antigamente, as mães lutavam para ter a posse dos filhos e afastar os filhos dos pais. Isso é ruim para o pai, para o filho e para mãe, que acabava ficando ficando super-onerada com as obrigações do cotidiano.”

Hoje, Parente mora com os dois filhos do primeiro casamento e com um filho de uma nova união. Segundo ele, a relação dos filhos mais velhos com a nova família nem sempre é fácil, mas os conflitos são resolvidos com negociação. “Tem que ter muita sabedoria do pai, da ex-mulher, e da mulher.”

Quanto o assunto é pensão, Parente defende que o pai e a mãe contribuam proporcionalmente de acordo com renda de cada um. “O ideal no caso de separações é que acha assimetria de direitos e deveres. Geralmente, a mãe quer que pague a pensão como se fosse o castigo.”

No caso dos pais casados, a melhor maneira de “cuidar bem dos filhos” é mãe e pai ter prazer um com outro. “ Eles estarão dando um exemplo do que é o amor, o carinho.”

O psicanalista lembra que a ausência paterna gera conseqüências para a vida dos filhos. No caso dos meninos, pode faltar uma boa “identificação sexual”. “O modelo do pai, do homem que ele vai ser no futuro. Se a mãe denigre o pai, afasta muito a figura do pai, ele acaba tendo dificuldades da própria identificação. Quanto mais nova a criança, maior o prejuízo.”

No caso das meninas, a ausência paterna, faz com que a figura masculina seja muito idealizada, o que dificulta os relacionamentos futuros com namorado ou marido.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

ADOÇÃO ENTRE FAMOSOS: RICKY MARTIN QUER ADOTAR "UMA CRIANÇA DE CADA COR"


O cantor Ricky Martin(foto) declarou durante entrevista coletiva em sua Porto Rico natal, onde realiza show final da turnê Blanco y Negro esse final de semana, que pretende adotar vários filhos. “Um de cada continente, se for possível”, conclamou.

O bonitão diz não querer tratamento especial na hora da adoção e diz ainda que vai criar uma família de muitas cores. O fato de ser ainda solteiro tem levantado ainda mais suspeitas sobre sua (homo)sexualidade na mídia internacional.

“Quero fazer tudo certo, não quero problemas ou desentendimento. Penso que algumas celebridades manipulam o sistema para ter uma rápida adoção, eu não quero tratamento especial no processo de adoção”, declarou fazendo referência á controvertida adoção de uma criança de Malawi por madonna.

Martin, criador dos hits “She bangs”, “Shake your bom-bom” e “Livin la vida loca”, acaba de fundar a Fundação Ricky Martin para ajudar crianças necessitadas.

ADOÇÃO ENTRE FAMOSOS: ANGELINA JOLIE E BRAD PITT PENSAM EM ADOTAR MAIS UM FILHO


Fonte: Agência Ansa


Londres, 15/8/07 - Em meio aos boatos de que seu relacionamento com Brad Pitt passa por um momento difícil, Angelina Jolie está planejando ir à África para adotar mais uma criança.

A atriz norte-americana já tem quatro filhos: Maddox, de 7, adotado no Camboja, Zahara, de 2, adotada na Etiópia, Pax Thien, de três, adotado no Vietnã e Shiloh, filha que teve com Brad Pitt, nascida no último mês de março.

Segundo informou o jornal britânico Daily Mail, Jolie e Pitt esperam que a adoção de um garoto ou de uma garota africana sirva para que Zahara se sinta mais parte da família.

"Angie está convencida que enquanto Shiloh crescerá vendo a semelhança entre ele e os pais naturais e Maddox e Pax se sentirão ligados a seus locais de nascimento, Zahara não terá ninguém com quem ter esse tipo de ligação. Esperamos que encontrando para ela um irmãozinho ou uma irmãzinha etíope, Zahara se sentirá mais à vontade", contou uma porta-voz do casal.

JUSTIÇA DEFINE CRIAÇÃO DE LISTA ÚNICA DE ADOÇÃO NO CEARÁ

Por Honório Barbosa, Jornal Diário do Nordeste, CE

Iguatu,CE, 11/8/07 - O Juizado da Infância e da Juventude em Iguatu definiu a criação de uma lista única de pretendentes à adoção. A criação do cadastro, por meio de portaria assinada pelo juiz Wotton Ricardo Pinheiro da Silva, tem por objetivo evitar equívocos que ocorrem na prática, transtornos futuros para os pais adotivos e para a criança e regularizar a situação dos casais interessados em habilitarem-se no sistema único.

A questão de adoção no Brasil é complexa e, na prática, a maioria dos pretendentes não respeita os critérios estabelecidos em lei. “O comum é ocorrer a adoção à brasileira”, observa o juiz Wotton Pinheiro da Silva. “A mãe biológica dá o filho ou o abandona e só depois de algum tempo é que os pais adotivos procuraram a justiça para regularizar a situação”. Essas ações são o inverso do que recomenda a legislação.

O juiz Wotton Pinheiro da Silva e o promotor de Justiça, Antônio Monteiro Maia Júnior, mostram-se preocupados com a situação, que a classificam de complexa. “Há risco de tráfico de bebê, de venda de crianças”, observam os representantes do Juizado da Infância e da Juventude. “Os pais têm obrigação de cuidar dos filhos. Escolher a quem entregar, abandoná-los, é crime”.

A regulamentação do cadastro único foi amplamente divulgada na cidade por meio de emissoras de rádio que formaram uma rede para entrevistas com os representantes do poder Judiciário. “A nossa idéia é esclarecer a população sobre os riscos da adoção ilegal”, disse Monteiro. “A lista única de adoção deve ser respeitada e ter praticidade”, contou.

A prática revela que a lista única que havia na comarca local não estava sendo respeitada. Muitas vezes, crianças abandonadas em hospitais ou em outras instituições são entregues a famílias para a criação. “Isso está errado”, explica o juiz. A criança deve ser levada para uma instituição regular, após determinação da justiça. O Conselho Tutelar deve atuar nesses casos, apoiando o poder judiciário.

Somente após análise de documentação e dos interessados em adoção, por meio de entrevista com equipe técnica, é que a criança deve ser entregue aos pretendentes para um período de experiência, uma espécie de estágio de convivência, com o devido termo de guarda expedido pelo juiz.

Muitos pessoas acreditam que é mais fácil adotar uma criança recebendo-a da própria mãe biológica e registrando-a como se fora filha, nascida da união dos pais adotantes. Mas não é. “Este tipo de adoção é irregular e, na verdade, até fraudulento”, observa o promotor.

A adoção para ter efeitos jurídicos plenos deverá ser processada e autorizada pela via judicial. O ato de receber uma criança para criar e registrá-la não é legal e é facilmente comprovado pela via do exame do DNA. “Pode ocorrer casos em que a mãe biológica se arrepende e usa a justiça para retomar a criança”, explica Wotton. “Isso já aconteceu e traz transtornos e sofrimento para os pais adotivos e para a criança”.

Os interessados em habilitarem-se no cadastro de pretendentes à adoção devem procurar o Fórum de Justiça, nesta cidade, na Secretaria da Vara da Infância e da Juventude, onde preencherá formulário próprio, com todas as informações necessárias ao procedimento de habilitação.

CADASTRO GERAL UNIFICADO DE ADOÇÃO DE RONDÔNIA É APRESENTADO EM EVENTO

Fonte: Site Rondônia Ao Vivo

Porto Velho, 10/8/07 - O ENCONTREI – Cadastro Geral Unificado Informatizado de Adoção - desenvolvido pelo Tribunal de Justiça de Rondônia está sendo apresentado na manhã desta sexta-feira (10/08), aos participantes do Encontro Nacional do Colégio de Corregedores Gerais da Justiça dois Estados e do Distrito Federal (XLV ENCONGE 2007) que acontece em São Paulo/SP.


Quem faz a apresentação é o Juiz Enio Salvador Vaz, auxiliar da Corregedoria-Geral da Justiça de Rondônia, designado pela Desembargadora Ivanira Feitosa Borges, que participa do Encontro representando o Judiciário do Estado de Rondônia. A exposição do Juiz Enio Vaz foi programada para as 11 horas.


O Cadastro Geral Unificado Informatizado de Adoção implantado pela Corregedoria-Geral da Justiça de Rondônia representa um avanço no processo desencadeado pelo Judiciário brasileiro visando agilizar os procedimentos processuais e de aproximação com o destinatário dos serviços e da distribuição da Justiça, ou seja, o cidadão.


em qualquer lugar do planeta é possível ser visto na página do Tribunal de Justiça de Rondônia, na internet, a lista de crianças e adolescentes disponíveis para adoção no Estado de Rondônia; a lista dos pretendentes a adoção, tanto os brasileiros, como os estrangeiros.


Esta facilidade tornou-se possível porque, de qualquer lugar do mundo o cidadão pode fazer seu cadastro de pretendente a adoção; consultar a página do Tribunal de Justiça na Internet para saber quantas crianças estão disponíveis para a adoção; e também se comunicar com os responsáveis pelo processo de adoção no Estado.


De acordo com o juiz Ênio Vaz, o Encontrei, além de disponibilizar informações, vai alcançar as crianças em abrigos e também aquelas que não estejam ainda, em processo de adoção. “Outro efeito positivo do Encontrei é a credibilidade dada ao trabalho envolvendo o processo de adoção, o qual passa a ter seu procedimento padronizado”, afirma.


O sistema informatizado de cadastro único do Encontrei permite, além de consulta a informações, também a emissão de relatórios sobre o andamento de processos iniciados para a adoção de crianças e adolescentes, lembra o Juiz Ênio Salvador. Chama ainda a atenção, o magistrado, para a transparência que o sistema permite ao processo de adoção.


“As pessoas vão ter uma senha, tanto o pretendente nacional como o estrangeiro. Quanto aos processos de adoção, cabe à Coordenação Estadual, que fica na Corregedoria Geral de Justiça, o controle dos pedidos de estrangeiros, enquanto os pedidos de brasileiros terão o controle feito junto às varas nas Varas da Infância e da Adolescência do Estado”, explica o juiz Enio Salvador.

BAHIA: CAMPANHA ESCLARECE SOBRE ADOÇÃO TARDIA

Por Marta Erhardt, Jornal A Tarde

Salvador, 15/8/07 - “Tio Salomão, dá uma família para mim, que eu não tenho uma”. O apelo feito por um bilhete ao juiz titular da 1ª Vara da Infância e Juventude, Salomão Resedá, é comum. Muitas crianças com idade avançada mandam cartas ao juiz com o mesmo pedido: uma família. Em Salvador, 89 meninos e meninas com idade acima de dois anos aguardam pela adoção. Já a lista das pessoas com condições de adotar uma criança conta com 200 pessoas, segundo dados da 1ª Vara da Infância e Juventude.

Embora tenham mais famílias dispostas a adotar do que crianças disponíveis, os garotos e garotas acima dos dois anos não se enquadram no perfil dos pretendentes. “A maioria dos interessados quer crianças do sexo feminino e recém-nascidas”, explica o juiz Salomão Resedá. Contrariando a realidade enfrentada por quem aguarda por um novo lar, duas adolescentes, uma de 13 e outra de 16 anos, conquistaram um lar nesta quinta-feira, 9. “Em 10 anos de trabalho no juizado nunca tinha passado por essa situação”, relata Resedá.

Para ressaltar a importância da adoção tardia, o Shopping Salvador Trade Center, em parceria com a 1ª Vara da Infância e Juventude, deu início a uma campanha sobre o assunto. Com o slogan “Nunca é tarde para ser pai. Nem filho”, a campanha segue até o dia 31 de agosto na capital baiana.

Pessoas interessadas podem tirar dúvidas sobre o processo em um estande montado no shopping, onde um advogado, uma assistente social e um comissário de menor prestam esclarecimentos. “Não se trata de uma campanha para incentivar a adoção, porque esse é um ato voluntário. A iniciativa é bem-vinda não só pela época, já que agora comemoramos o Dia dos Pais, mas também pela relevância de se abordar a adoção tardia”, explica Resedá.

As principais dúvidas são relacionadas ao estado civil e à possibilidade de que os pais biológicos queiram reclamar a guarda da criança posteriormente, segundo o juiz. “O que é preciso enfatizar é que qualquer pessoa, independente do estado civil, está apta. Além disso, a adoção é irrevogável. Portanto, não há porque temer perder a guarda da criança após a adoção”, esclarece o juiz.

Pessoas com idade acima de 18 anos podem se candidatar. Para isso, é necessário efetuar um cadastro no programa de adoção do Juizado da Infância e Juventude. Além de documentos pessoais, para se inscrever no programa os interessados também devem levar atestado de idoneidade física e mental, certidões negativas da Secretaria de Segurança Pública e Polícia Federal. Os pretendentes também passam por entrevistas com psicólogos e assistente social. Mais informações sobre adoção podem ser adquiridas pelo telefone 0800-713020.

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

VEM AÍ O PRIMEIRO FÓRUM NACIONAL DE FILHOS ADOTIVOS DO BRASIL, EM PORTO ALEGRE

Por Daiane Benso, Filhos Adotivos do Brasil

Porto Alegre, 13/8/07 - O Site Filhos Adotivos do Brasil estará promovendo no dia 7 de outubro de 2007, no SESC, em Porto Alegre - RS, o 1º Fórum de Filhos Adotivos do Brasil, que tem o objetivo de reunir a nível nacional, todas as pessoas interessadas no assunto de adoção.

O encontro é destinado a mães e pais adotivos e biológicos, filhos adotivos e biológicos, aos que fazem buscas, advogados, juízes, donos de abrigos, imprensa e a todos que estejam interessados em lutar e discutir está causa tão nobre.
Qualquer informação entre em contato pelos telefones 51 3493.4647 ou 51 8415.5225, ou pelo site www.filhosadotivosdobrasil.com.br ou ainda pelo email filhosadotivosdobrasil@yahoo.com.br

EMOÇÕES E DEPOIMENTOS MARCAM O SEGUNDO ENCONTRO DE FILHOS ADOTIVOS DO RIO GRANDE DO SUL


Por Daiane Benso, Site Filhos Adotivos do Brasil

Porto Alegre, 13/8/07 - No último dia 6 de agosto aconteceu no SESC, em Porto Alegre, o 2º Encontro de Filhos Adotivos do RS. O encontro reuniu filhos que buscam suas origens biológicas e também mães e pais adotivos. O coordenador do projeto, José Ricardo Andrade Fischer diz que o objetivo do encontro é auxiliar nas buscas biológicas. “É importante mostrar onde se faz as buscas e como é todo o procedimento”. Ele também pretende criar um projeto chamado “Casa Escola”, onde abrigará crianças acima de cinco anos, que terão o apoio de pais adotivos e voluntários, além de acesso á cursos profissionalizantes.

Os participantes do 2º encontro presenciaram o depoimento de Luis Carlos Silveira, 70 anos, que há algum tempo encontrou sua mãe biológica. E ainda tem esperanças de encontrar seu pai e irmãos. Pedro Paulo Ferreira, 54 anos, um dos participantes do encontro busca sua mãe biológica. Ele ficou sabendo que era adotado aos sete anos de idade. Segundo ele, o que fez com que demorasse a procurar suas origens foram o carinho e o respeito que tem á mãe adotiva. Mas nem por isso guarda mágoas de sua mãe biológica. “Nunca tive um sentimento ruim em relação a minha mãe. Se não fosse ela eu não estaria aqui.” Relatou-nos que a curiosidade e a esperança de encontrá-la, apesar de não saber se ainda está viva continua.

Um dos palestrantes do encontro, Luis Gustavo Silveira afirma que o ser humano é o que pensa, e por isso é importante ter esperanças. “Acreditar no que vai acontecer amanhã, é fundamental para quem busca encontrar seus laços sanguíneos.”
Conceição tem quatro filhos adotivos. Jéssica (10), Larrisa (9), Márcio (8) e Estafáni (7). Seus filhos se tornaram órfãos depois de presenciarem o assassinato do pai e 30 dias depois perderam a mãe por suicídio. Ela os adotou por opção. “Não queria vê-los separados, por isso adotei-os.” Considera que as crianças necessitam de 1000% de carinho e assistência.

Ana é filha e mãe adotiva. Tem um filho de 17 anos, portador de deficiência mental e um bebê de 10 meses. Não escolheu cor e nem idade, para ela isso não importa. “Amo esses dois, são a minha razão de viver”.

ESPECIAL: CLÍNICA ESPERANÇA, UM ABRIGO PARA CRIANÇAS COM HIV



Por Daiane Benso, Site Filhos Adotivos do Brasil

Porto Alegre, 13/8/07 - O projeto “Filhos Adotivos do Brasil” esteve visitando a Clínica Esperança, situada em Porto Alegre, que realiza um trabalho de assistência a crianças órfãos portadoras do vírus HIV. O abrigo foi fundado no dia 1º de maio de 1997, através da missionária sueca da igreja Assembléia de Deus, Mary Taranger, que ficou no Brasil por muito tempo. A mesma já tinha fundado o orfanato “Lar dos meninos e das meninas”, além de trabalhar na distribuição de alimentos, fazendo sopas nas vilas. Por volta dos 70 anos, Mary sentiu um chamado de Deus para abrir um lar para crianças portadoras do vírus HIV.
Ela foi procurada por uma senhora que estava em face terminal da doença, e que tinha uma criancinha. Sabendo que morreria, visto que na época o tratamento era mais difícil, a senhora preocupou-se em encontrar um lugar para deixar sua filha. No entanto, por discriminação, os orfanatos não aceitaram a menina. Mary ficou com seu coração ardendo, sentia a necessidade de ajudar.

Dessa maneira começou a buscar ajuda de um e outro. Mas nem pastores e amigos se colocaram a disposição da causa. Foi no seu aniversário, quando completaria 80 anos, que seu amigo da Suécia, o presidente da ONG Erikshjolpen, O tio Eurico, perguntou o que ela desejaria receber de presente. Sem esperar, respondeu pedindo ajuda financeira para abrir um lar. Ele falou que ajudaria. Então Mary lembrou-se de uma casa, onde hoje se localiza o abrigo, que na época era um depósito e começou a reformá-lo. Através da ajuda do tio Eurico e das pessoas que começaram a visitar a Clínica Esperança, formou-se uma rede de amigos. Segundo a diretora do abrigo, Loide Linhares Colisse, não há verbas do governo para a realização do trabalho.

Atualmente a clínica cuida de 21 crianças, entre quatro meses e 12 anos. Há 20 funcionários, cuidadores, técnica de enfermagem, enfermeira, cozinheiras, auxiliares administrativas, motorista. Segundo a diretora, existem quatro pessoas que trabalham voluntariamente duas vezes por semana permanentemente com as crianças, um jardineiro, uma senhora que ajuda na lavanderia com as roupas, assistente social e uma psicóloga.“Com nós não há problema para a adoção, é complicado para os pais que querem adotar. Uma criança que tem HIV é fácil para ser adotado, é rápido.”, relata a diretora. Explica ainda que a criança que trás o vírus da mãe, se alimenta bem, engorda sem nenhum problema, provavelmente irá negativar. Já uma criança com problemas respiratórios, pneumonia, dor de ouvido é bem mais difícil negativar.

Mesmo ganhando toda a alimentação, tendo um grupo de pessoas ajudando temporiaramente e senhoras fazendo jantares todo o mês para arrecadar fundos, a maior dificuldade encontrada no abrigo é a financeira. “O problema é manter a folha de pagamento”, afirma a diretora. Quando questionada sobre o preconceito, Loide diz: “Existe, mas é maquiado. Na escola as crinças eram consideras difíceis de trabalhar, e por mais que estivessem bem arrumadas sofriam discriminação”.
Márcia Cecília Jara de Matos, é técnica em enfermagem e trabalha no abrigo a oito meses, cuidando dos meninos e dando auxilio aos bebês. Considera seu trabalho gratificante e diz sentir-se com a alma lavada. “Eu amo eles, moram no meu coração. São mais do que filhos.”

A psicopedagoga Elis Regina Silveira diz que há uma carência afetiva muito grande. “É necessário mostrar o quanto são importantes, fazer com que se superem a cada dia”. Considera as crianças acima de oito anos mais difíceis de trabalhar, devido aos conflitos e ao comportamento.Para a diretora do projeto, a amizade com as crianças é indispensável.

“Nós tratamos eles como filhos, na hora do carinho, eles recebem carinho, quando é preciso brigar para corrigir, nós brigamos. A maior gratificação é ver a mudança de vida dessas crianças. Nesses 10 anos de trabalho, segundo Loide há muitas coisas que marcam. Mas ela lembra de um menino (Everton), que era completamente anormal, chorava o dia inteiro, precisava ser medicado frequentemente, era agressivo.Hoje ele é um guri normal, feliz, tem vontade de viver, aprender, de sair desse mundo”.

Como ajudar:

Qualquer ajuda é bem vinda. O que mais se tem necessidade é na área do lazer. Peças de teatro, doações de jogos e brinquedos pedagógicos. Quem quiser visitar o abrigo, brincar, conversar e dar um colinho para as crianças, os horários disponíveis são quarta-feira, sábado, domingo, das 3:00 as 5:00 horas da tarde.

domingo, 12 de agosto de 2007

EM BLOG, GAÚCHO INCENTIVA ADOÇÃO E FALA SOBRE DESCOBERTAS DA PATERNIDADE



Por Yara Aquino, Repórter da Agência Brasil
Fotos Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr



Brasília, 12/8/07- "Pai de Coração”. É essa a expressão que o jornalista gaúcho Oscar Cardoso, 35 anos, usa ao falar da filha adotiva. Ele explica que ser pai de coração é “gestar essa criança no coração". "Você tem que engravidar dela dentro do seu coração, tem que nascer, crescer e ficar dentro do seu coração.”

A vontade de ser pai biológico e também de adotar uma criança eram sentimentos antigos de Oscar motivados pela realidade familiar. Os avós, tanto paternos quanto maternos, foram adotados e havia também primos nessa condição. O empurrão final veio quando, já casado, ele soube que não podia ter filhos.

Após conhecer a realidade de vários abrigos, Oscar e a esposa optaram por adotar uma menina já com 8 anos de idade. Em maio do ano passado, o casal procurou a Vara da Infância e em novembro Oscar já era “pai de coração”. A decisão representou uma profunda mudança na vida da família. “Passei a vida inteira buscando resposta para muita coisa e quando minha filha entrou na minha vida encontrei respostas que eu nem imaginava.”

Apesar da alegria de realizar um sonho, o morador de Brasília afirma que o medo está presente na nova experiência. “É desconhecido, uma outra pessoa que entrou na sua vida e que você tem que aprender a amar, ver como filha, sentir como filha. É um processo maravilhoso, mas é complexo.” O medo, porém, é superado pelo prazer de ser pai, segundo Oscar.

Além de querer adotar outras crianças, a nova vida familiar trouxe para Oscar Cardoso a vontade de incentivar outras pessoas a buscar a adoção. Ele criou um blog para divulgar informações e trocar experiências sobre o tema com outros pais e alerta que não se deve “buscar uma pessoa por pena, por querer fazer caridade, mas para fazer dessa criança um cidadão, dar a ela o direito a ter uma história, uma identidade”.

O desejo de ser pai surge também em homens solteiros e separados. Segundo o chefe do serviço de adoção da Vara da Infância do Distrito Federal, Walter Gomes, esse perfil de “pais em potencial” vem crescendo. Na avaliação de Walter, isso acontece por que cada vez mais as pessoas têm a informação de que não há impedimentos legais para que essas adoções ocorram. “O que o juiz precisa é ter informações acerca das condições psico-emocionais e sócio-econômicas da pessoa para o acolhimento daquela criança”, afirma.

A grande contradição está no fato de que muitas vezes as mesmas crianças que são procuradas pelos pais adotivos foram rejeitadas pelos pais biológicos. Isso por que parte das crianças entregues a adoção vêm de mães que não tiveram apoio ao engravidar. “Via de regra é uma gestante sem condições sócio-econômicas, com pouco apoio familiar e que se sente abandonada pelo pai da criança”, afirma Walter Gomes, chefe do serviço de adoção da Vara da Infância do Distrito Federal.

sábado, 11 de agosto de 2007

PARABÉNS A TODOS NÓS, VAMOS CELEBRAR A VIDA, HOJE É O NOSSO DIA


Não importa a nossa idade, não importa a nossa cor. Não importa se temos diploma, se somos letrados, ou não. Não importa se a nossa escola foi a da vida. Não importa os graus de estudo, de profundidade do saber. O que importa é que nós comemoramos. Que hoje nós celebramos em nosso país o Dia dos Pais.

Dia do Pai é todo o dia... eu sei.
Mas temos que ter uma data especial. Uma data para comemorar.

Uma data para lembrar do lindo momento em que encontramos os nossos pequenos. E esse encontro, esta gestação nasceu no olhar. No sorriso. Foi em um OI que tudo começou a acontecer. E isso me lembro muito bem. Minha pequena nasceu pra mim em julho do ano passado.

Já era uma mocinha. Muito esperta, muito alegre, com um sorriso lindo, um olhar expressivo. Algo que estava ali, pronta para nascer. Pronta para me encontrar. Quase nunca uso deste espaço para falar de nós, de mim e de minha pequena. Mas hoje é Dia dos Pais e a minha pauta é essa. Foi no coração que engravidei, junto com minha amada esposa.

A gestação foi intensa, foi rápida. Em novembro ela nasceu. Veio viver conosco e começar a escrever uma nova página de sua história. Ela ganhou um presente, eu também. Ela se tornou a filha, e eu, o pai.

De todas as tarefas difíceis, de todas as reportagens e entrevistas que já fiz ao longo de mais de 16 anos de profissão, não houve momento mais especial. O momento em que vi minha filha pela primeira vez. A apresentação foi meio formal. Mas foi interessante. Aceitei, pensei, refleti, pensei em até desistir. Tinha medo, tive medo, sou humano e sou mortal em dizer isso. Atire a primeira pedra quem nunca pensou em dar a meia volta e voltar.

Mas foram palavras, momentos, pensamentos, sonhos. Tudo isso me fez ir em frente. E fez aquele fetinho crescer no meu coração. É, nasceu. Nasceu uma linda menina, algo que tava escrito nas estrelas. Que me fez atravessar o país para encontrá-la aqui em Brasília. Hoje entendo o porquê de ter vindo viver aqui. Hoje entendo a linguagem universal e profunda do amor. O amor que não mede, que não teme, que não pensa. Um amor que protege, que cuida, que repreende, que educa. Um amor de um pai que é capaz de dar a sua vida por um filho. E isso é profundo mesmo. Porque só os filhos é que nos levam a conhecer o mais profundo e eterno amor. Filho é algo dimensional, é de outra dimensão.

É encontro espiritual sim. Adotar é responder àquilo que o caminho de Deus nos prepara. Deus, em sua mais infinita bondade, em sua mais infinita crença e na sua grandiosa sabedoria é que nos ensina a receber, de coração aberto, um filho da dor. Alguém que não pediu para nascer, mas também não pediu para ficar sozinho. Não pediu para não mamar no peito, não pediu para crescer em um abrigo, dar os primeiros passinhos pelas mãos das tias de tantos lares que existem pelo país. Pediu para ser feliz, pediu para ter um colo e alguém para o chamar de pai e de mãe.

Mas graças a Deus, em sua infinita misericórdia, ganhou um pai e uma mãe. Ganhou grandes conciliadores, ganhou dois pilares para lhe ajudar a construir a sua história. E nós, pais, ganhamos também um combustível valioso para continuar a nossa caminhada.

Ganhamos filhos. Ganhei uma filha. Você que vai ler também esta mensagem também vai lembrar do nascimento do seu filho também. Se foi em uma maternidade, depois de alguém o gerar e o entregar a você. Se foi em um abrigo, a partir do abraço e do sorriso, se foi depois da dor de uma morte, seja de que forma foi. Importa é que você é pai, assim como eu.

Vamos celebrar a vida, vamos celebrar a paz, a fé e o amor. Hoje é o nosso dia.

FELIZ DIA DOS PAIS PARA TODOS NÓS.

São os votos de PAIS ADOTIVOS SA

domingo, 5 de agosto de 2007

MP DE RORAIMA PROTOCOLA AÇÃO PARA GARANTIR DIREITO À ADOÇÃO

Da Redação, Folha de Boa Vista

Boa Vista, RR, 3/8/07 - A Promotoria da Infância e Juventude vai protocolar uma ação civil pública para garantir o direito a adoção. A decisão foi tomada pelo promotor da infância e juventude Márcio Rosa, após uma reunião com técnicos da instituição.

O promotor visitou o Abrigo Infantil com o com o objetivo de analisar cada caso das crianças institucionalizadas no abrigo e realizar os devidos encaminhamentos.

Atualmente o obrigo possui 31 crianças que foram encaminhadas ao local por terem sofrido algum tipo de violência, negligência, maus tratos ou foram abandonadas pela família. De acordo com o promotor Márcio Rosa pelo menos 16 delas já poderiam está no cadastro de adotandos.

“Embora o abrigo seja medida provisória e excepcional, há crianças que estão na instituição há muito tempo e por isso, o Ministério Público irá protocolar Ação de destituição do poder familiar e incluir essas 16 crianças no cadastro de adotandos. O objetivo é garantir a elas o direito à convivência familiar previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente” afirmou.

RIO GRANDE DO SUL: UM TRABALHO ENTRE A ESPERANÇA E O SUFOCO

Por Jansle Appel Junior, Jornal Gazeta do Sul

Santa Cruz do Sul, RS, 4/8/07 - Por trás do brilho de esperança nos olhos de cada criança assistida pela Associação Pró-Amparo do Menor (Copame) está uma realidade que a população pouco conhece, mas que sufoca o trabalho da entidade. A instituição santa-cruzense, que hoje abriga uma média de 45 crianças orfãs ou afastadas dos pais, contorna como pode as dificuldades financeiras, que insistem em bater à porta diariamente.

O coordenador Derk Lambers diz que a entidade se vê diante de uma bola de neve de despesas que oscila de tamanho a cada mês. “Cada vez mais a responsabilidade recai sobre nós, já que não há instituições do poder público que ofereçam esse serviço. A gente sempre tentou passar uma imagem boa, mas a realidade é difícil”, afirma.

Um exemplo das dificuldades enfrentadas pela Copame é encontrado na tentativa permanente de agregar o status de filantropia à entidade, isentando-se assim de determinados impostos e também podendo receber verbas. “Apesar das tentativas freqüentes, o governo só nos concede o certificado provisório, de 180 dias, e toda vez precisamos correr atrás novamente”, conta a assistente social Fernanda Weis.

Para piorar, a instituição ainda passará a pagar mais imposto com a padaria a partir da integração ao Supersimples, que unifica o pagamento dos tributos. Até então, o valor ficava em torno de R$ 300,00 mensais. Agora vai passar para mais de R$ 3 mil. “Tivemos muito prejuízo com a padaria no ano passado. Agora que estávamos conseguindo recuperar, negociando com fornecedores, acontece isso.”

Todos os meses, a Copame necessita de R$ 60 mil para quitar todas as despesas. Desse total, apenas R$ 15 mil são repassados pelas prefeituras da região atendidas pela entidade. Os outros R$ 45 mil precisam ser angariados junto a doações de empresas e da comunidade. É uma busca constante e que despende uma grande parcela de tempo dos funcionários. “Às vezes nos sentimos abandonados pela sociedade. É difícil para a comunidade a Copame estar sempre pedindo ajuda. Mas são R$ 45 mil que, se não saírem das doações, não têm de onde vir”, desabafa Lambers.

Deficientes:

O número de crianças abrigadas pela Copame nos últimos anos cresceu. Isso, em parte, pelos deficientes que chegam até o local. Hoje são dez nessa situação. “São crianças que precisam de atenção redobrada, com acompanhamento médico, coisa que não temos condição de pagar. Por isso estamos sempre em busca de médicos que possam trabalhar de forma voluntária”, explica a gerente administrativa Janice Rodrigues.

Geralmente os deficientes que chegam à Copame acabam ficando por lá por mais que a idade limite de 12 anos. “Muitos estão aptos para adoção, mas ninguém se interessa. Como não têm um local mais adequado para ficarem após os 12 anos, cuidamos aqui com todo o amor. Mas essas crianças têm um custo muito mais elevado do que as outras”, complementa a psicóloga Patrícia Heberle.

“Quando as pessoas olham para a Copame, vêem tudo muito bonito. Só que, por trás disso, há uma série de problemas”, lembra. “Por mais que a instituição seja para as crianças um porto seguro, elas têm o desejo de retornar a um lar. No entanto, a sociedade tem dificuldade para entender isso”. Até hoje, 1.354 crianças passaram pelo abrigo. Dessas, 172 foram adotadas.

AGÊNCIA DE ADOÇÃO FECHA PARA NÃO CEDER CRIANÇAS A HOMOSSEXUAIS NA INGLATERRA

Fonte: AIS

Uma das mais importantes e antiga agência católica de adoção da Inglaterra anunciou seu fechamento ante a insistência das autoridades em obrigá-la a conceder a custódia de crianças a casais homossexuais.

Catholic Care é a primeira agência social religiosa que anuncia seu fechamento desde a aprovação das novas medidas sobre orientação sexual, cujos promotores asseguram que terminarão a "discriminação" no Reino Unido.

Conforme informou o periódico Daily Mail, a agência tem um século de trabalho no país e conseguia dar em adoção uma média de 20 crianças por ano. A decisão se fez pública uma semana depois que o Bispo de Lancaster, Dom Patrick O'Donoghue explicou ao Catholic Caring Services, uma agência de adoção de sua diocese, que as crianças estão antes que o desejo da paternidade. "Sabemos que o melhor para as crianças é que vivam com casais casados", indicou.

Quando em abril o governo trabalhista aprovou a polêmica medida, católicos, protestantes, judeus, muçulmanos e outras denominações rechaçaram a decisão.

RECÉM-NASCIDO É ABANDONADO OITO HORAS APÓS O PARTO, EM SÃO PAULO

Fonte: Terra

Um recém-nascido foi abandonado pela mãe oito horas após o parto, na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira Paulista, no interior de São Paulo. Segundo a rádio CBN, a mãe, que deu à luz a criança no sábado, ainda não foi localizada. O recém-nascido está sob a guarda de uma família provisória.