segunda-feira, 13 de agosto de 2007

ESPECIAL: CLÍNICA ESPERANÇA, UM ABRIGO PARA CRIANÇAS COM HIV



Por Daiane Benso, Site Filhos Adotivos do Brasil

Porto Alegre, 13/8/07 - O projeto “Filhos Adotivos do Brasil” esteve visitando a Clínica Esperança, situada em Porto Alegre, que realiza um trabalho de assistência a crianças órfãos portadoras do vírus HIV. O abrigo foi fundado no dia 1º de maio de 1997, através da missionária sueca da igreja Assembléia de Deus, Mary Taranger, que ficou no Brasil por muito tempo. A mesma já tinha fundado o orfanato “Lar dos meninos e das meninas”, além de trabalhar na distribuição de alimentos, fazendo sopas nas vilas. Por volta dos 70 anos, Mary sentiu um chamado de Deus para abrir um lar para crianças portadoras do vírus HIV.
Ela foi procurada por uma senhora que estava em face terminal da doença, e que tinha uma criancinha. Sabendo que morreria, visto que na época o tratamento era mais difícil, a senhora preocupou-se em encontrar um lugar para deixar sua filha. No entanto, por discriminação, os orfanatos não aceitaram a menina. Mary ficou com seu coração ardendo, sentia a necessidade de ajudar.

Dessa maneira começou a buscar ajuda de um e outro. Mas nem pastores e amigos se colocaram a disposição da causa. Foi no seu aniversário, quando completaria 80 anos, que seu amigo da Suécia, o presidente da ONG Erikshjolpen, O tio Eurico, perguntou o que ela desejaria receber de presente. Sem esperar, respondeu pedindo ajuda financeira para abrir um lar. Ele falou que ajudaria. Então Mary lembrou-se de uma casa, onde hoje se localiza o abrigo, que na época era um depósito e começou a reformá-lo. Através da ajuda do tio Eurico e das pessoas que começaram a visitar a Clínica Esperança, formou-se uma rede de amigos. Segundo a diretora do abrigo, Loide Linhares Colisse, não há verbas do governo para a realização do trabalho.

Atualmente a clínica cuida de 21 crianças, entre quatro meses e 12 anos. Há 20 funcionários, cuidadores, técnica de enfermagem, enfermeira, cozinheiras, auxiliares administrativas, motorista. Segundo a diretora, existem quatro pessoas que trabalham voluntariamente duas vezes por semana permanentemente com as crianças, um jardineiro, uma senhora que ajuda na lavanderia com as roupas, assistente social e uma psicóloga.“Com nós não há problema para a adoção, é complicado para os pais que querem adotar. Uma criança que tem HIV é fácil para ser adotado, é rápido.”, relata a diretora. Explica ainda que a criança que trás o vírus da mãe, se alimenta bem, engorda sem nenhum problema, provavelmente irá negativar. Já uma criança com problemas respiratórios, pneumonia, dor de ouvido é bem mais difícil negativar.

Mesmo ganhando toda a alimentação, tendo um grupo de pessoas ajudando temporiaramente e senhoras fazendo jantares todo o mês para arrecadar fundos, a maior dificuldade encontrada no abrigo é a financeira. “O problema é manter a folha de pagamento”, afirma a diretora. Quando questionada sobre o preconceito, Loide diz: “Existe, mas é maquiado. Na escola as crinças eram consideras difíceis de trabalhar, e por mais que estivessem bem arrumadas sofriam discriminação”.
Márcia Cecília Jara de Matos, é técnica em enfermagem e trabalha no abrigo a oito meses, cuidando dos meninos e dando auxilio aos bebês. Considera seu trabalho gratificante e diz sentir-se com a alma lavada. “Eu amo eles, moram no meu coração. São mais do que filhos.”

A psicopedagoga Elis Regina Silveira diz que há uma carência afetiva muito grande. “É necessário mostrar o quanto são importantes, fazer com que se superem a cada dia”. Considera as crianças acima de oito anos mais difíceis de trabalhar, devido aos conflitos e ao comportamento.Para a diretora do projeto, a amizade com as crianças é indispensável.

“Nós tratamos eles como filhos, na hora do carinho, eles recebem carinho, quando é preciso brigar para corrigir, nós brigamos. A maior gratificação é ver a mudança de vida dessas crianças. Nesses 10 anos de trabalho, segundo Loide há muitas coisas que marcam. Mas ela lembra de um menino (Everton), que era completamente anormal, chorava o dia inteiro, precisava ser medicado frequentemente, era agressivo.Hoje ele é um guri normal, feliz, tem vontade de viver, aprender, de sair desse mundo”.

Como ajudar:

Qualquer ajuda é bem vinda. O que mais se tem necessidade é na área do lazer. Peças de teatro, doações de jogos e brinquedos pedagógicos. Quem quiser visitar o abrigo, brincar, conversar e dar um colinho para as crianças, os horários disponíveis são quarta-feira, sábado, domingo, das 3:00 as 5:00 horas da tarde.

8 comentários:

Unknown disse...

SE VOCE QUER AJUDAR O NOSSO PROJETO LIGUE PARA 51.84155225 OU 51.34934647 E WWW.FILHOSADOTIVOSDOBRASIL.COM.BR

Unknown disse...

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Anônimo disse...

Com pouco tempo que vim morar em Porto Alegre, tive o prazer de conviver na escola com algumas dessas crianças. Desde então, faço o possível para ajudá-las, seja com doações de agasalhos, brinquedos, ou apenas pra dar-lhes um pouco de atenção e carinho. São muito queridas, especiais.

Mo sou Eu disse...

Pena eu morar tao longe, sou de Campo Grande, Ms, e aproveito pra perguntar se por acaso vcs sabem o local onde vivem aqui criancas na mesma situacao, pra eu poder ajuda-las.

Parabens pela linda iniciativa.

meu e-mail: mnicats@yahoo.com.br

JP disse...

Olá!
Gostaria de conhecer esta escola (Clínica Esperança) para visitar e também poder contribuir e divulgar o trabalho. Em pesquisa na internet, até achei o site mas totalmente desatulizado. Não tem o endereço físico, eletrônico nem telefone atualizado. Alguém poderia informar? Pode ser no meu e-mail: vidanovars@gmail.com Grato

nivea disse...

Gostaria muito de saber como faço pra adotar uam criança,já proucuro a um tempo a net e ñ tenho resposta.
Gostraia muito de ter os endereços e telefones de alfanatos em São paulo para q eu possa faerz uma visitas as crianças assim tenho a mas pura certeza que irei trazer uma pra pra doar meu amor materno.Aguardo reposta.com atenção Neiva fraga

Eliani Lamb disse...

Perdi meu filho de 23 anos com HIV a 11 meses, e gostaria de fazer um trabalho voluntário com crianças com HIV, conheci a clinica em uma pesquisa pela internet e me interessei por serem crianças abandonadas, e que precisam de amor e carinho e eu tenho necesssidade de fazer alguma coisa assim, desde que perdi meu filho.