segunda-feira, 13 de agosto de 2007

EMOÇÕES E DEPOIMENTOS MARCAM O SEGUNDO ENCONTRO DE FILHOS ADOTIVOS DO RIO GRANDE DO SUL


Por Daiane Benso, Site Filhos Adotivos do Brasil

Porto Alegre, 13/8/07 - No último dia 6 de agosto aconteceu no SESC, em Porto Alegre, o 2º Encontro de Filhos Adotivos do RS. O encontro reuniu filhos que buscam suas origens biológicas e também mães e pais adotivos. O coordenador do projeto, José Ricardo Andrade Fischer diz que o objetivo do encontro é auxiliar nas buscas biológicas. “É importante mostrar onde se faz as buscas e como é todo o procedimento”. Ele também pretende criar um projeto chamado “Casa Escola”, onde abrigará crianças acima de cinco anos, que terão o apoio de pais adotivos e voluntários, além de acesso á cursos profissionalizantes.

Os participantes do 2º encontro presenciaram o depoimento de Luis Carlos Silveira, 70 anos, que há algum tempo encontrou sua mãe biológica. E ainda tem esperanças de encontrar seu pai e irmãos. Pedro Paulo Ferreira, 54 anos, um dos participantes do encontro busca sua mãe biológica. Ele ficou sabendo que era adotado aos sete anos de idade. Segundo ele, o que fez com que demorasse a procurar suas origens foram o carinho e o respeito que tem á mãe adotiva. Mas nem por isso guarda mágoas de sua mãe biológica. “Nunca tive um sentimento ruim em relação a minha mãe. Se não fosse ela eu não estaria aqui.” Relatou-nos que a curiosidade e a esperança de encontrá-la, apesar de não saber se ainda está viva continua.

Um dos palestrantes do encontro, Luis Gustavo Silveira afirma que o ser humano é o que pensa, e por isso é importante ter esperanças. “Acreditar no que vai acontecer amanhã, é fundamental para quem busca encontrar seus laços sanguíneos.”
Conceição tem quatro filhos adotivos. Jéssica (10), Larrisa (9), Márcio (8) e Estafáni (7). Seus filhos se tornaram órfãos depois de presenciarem o assassinato do pai e 30 dias depois perderam a mãe por suicídio. Ela os adotou por opção. “Não queria vê-los separados, por isso adotei-os.” Considera que as crianças necessitam de 1000% de carinho e assistência.

Ana é filha e mãe adotiva. Tem um filho de 17 anos, portador de deficiência mental e um bebê de 10 meses. Não escolheu cor e nem idade, para ela isso não importa. “Amo esses dois, são a minha razão de viver”.

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