segunda-feira, 27 de julho de 2009

ADOÇÃO POR CASAIS HOMOSSEXUAIS

Recebi um mail, esses dias, perguntando a mim o que pensava sobre adoção por casais homossexuais.

Achei bastante interessante a pergunta que recebi. E quero responder, de uma forma muito verdadeira e autêntica.

Independente de convicções morais, religiosas, comunitárias. Falar a minha real avaliação, o que sinto, o que penso e o que acho.

Digo com toda a sinceridade, que não tenho nada contra a adoção por casais homossexuais. O que me preocupa sim, é ver que enquanto se debatem esse tema e alguns até de forma raivosa, dizendo que irá gerar problemas psíquicos e emocionais nas crianças, algo que não acredito, vemos que os abrigos e instituições privadas estão virando depósitos de crianças. Falo em instituições privadas porque pouco o poder público faz no que tange ao abrigamento de tantas e tantas crianças que nascem e são abandonadas por seus genitores todos os dias.

Homo ou Hétero, o que falo aqui é de amor. Adoção é um ato de amor. É a prova profunda de amor por alguém, por um ser humano. Dizer que uma criança criada por um casal homo será homo no futuro é algo absurdo. Não há nada de científico que diga isso. Pelo menos não vi nada que comprovasse essa tese que tentam empurrar para cima de muitas pessoas.

Mas eu já vi na sociedade que o desamor mata. A falta de uma referência, de um apoio, de um porto seguro, leva uma criança e um adolescente a morte. Porque se ele não é adotado por uma família, seja da forma que for, ele será adotado pela rua. Por consequência, será adotado pela criminalidade. Quem se mete com o crime, encontra a morte. A prisão, o fim, a morte.

Mais dor e mais trauma que uma criança abandonada traz em sua vida não é maior do que o fato de ser criado por um casal homossexual. Homossexuais pagam contas, trabalham, são cidadãos e, mais, são filhos de Deus, amados pelo seu Criador.

Portanto, respondendo a uma colocação que me foi feita, por um outro leitor, sou favorável a adoção. Por quem quer que seja. Sou a favor ao amor. O amor que move e rege a todos nós, que adotamos uma criança. Que a tiramos de uma instituição e lhe damos nome, sobrenome, uma nova história para contar.

Por enquanto, é isso. Simples, curto e extremamente objetivo.

Um comentário:

Unknown disse...

Concordo com cada vírgula do seu texto. Tenho muitos amigos/as gays, inclusive alguns são pais e mães(de relações heteros) e acho que a melhor resposta que já ouvi é a de que se a sexualidade dos pais influenciasse a dos filhos não existiriam homossexuais, já que até hoje, todos nascemos de relações hetero (que eu saiba nenhum dos meus amigos/as gays tem pai/mãe gay e a heterossexualidade dos seus pais não os influenciou para serem heteros também.).
Abraços.
Sabrina