sábado, 16 de junho de 2007

COMO REDUZIR O ABANDONO E O ABRIGAMENTO NO BRASIL?

Que soluções podem enfim auxiliar a amenizar o abandono e também a institucionalização prolongada de crianças e adolescentes? Alguns tópicos foram ressaltados na palestra Abandono e Adoção, dada na última quarta-feira (13/6) na UnB, em Brasília, pela professora-doutora Lídia Weber, da Universidade Federal do Paraná. Vários pontos importantes foram apresentados pela pesquisadora para erradicar o abandono e reduzir a institucionalização. Vale sempre lembrar que o abandono também é um problema social, e nós podemos ser agentes de transformação. Saiba algumas propostas:

* Criação de uma rede de apoio comunitária, ofertando suporte para famílias carentes;
* Apoiar as famílias de origem, caso o único motivo para a institucionalização seja a miséria;
* Integrar os Grupos de Apoio à Adoção em todo o país;
* Descentralizar os processos de adoção, também oportunizando a ação da sociedade civil;
* Promoção de trabalho pedagógico sobre adoção nas escolas. A adoção como um modelo de filiação, além do biológico, também deve ser explicado em sala de aula;
* Realização de campanhas de esclarecimento de como é a vida nos abrigos. A sociedade precisa conhecer o que é um abrigo e as formas de abrigamento;
* Informatizar cadastros, estaduais e nacionais. A informação sobre crianças disponíveis e casais aptos à adoção deve circular em todas as comarcas, assegurando a instalação de um cadastro único.
* Promover o resgate dos vínculos afetivos do órfão ou adotado com sua família de origem;
* Agilização dos processos de destituição familiar, reduzindo assim o tempo de abrigamento;
* Implantação de creches públicas;
* Realizar a extinção das grandes instituições, criando assim as "casas-lares";
* Implantação de repúblicas comunitárias para os jovens que completam 18 anos e precisam deixar os abrigos por força legal (maior idade civil);
* Assegurar assistência a criança e ao jovem órfão em ambiente escolar;
* Capacitar psicólogos para atuar na área de adoção, junto a abrigos e instituições de menores;
* Incentivo ao trabalho de grupos de apoio para famílias biológicas;
* Avaliação períodica dos abrigos, quanto ao espaço físico, convivência social e atividades de profissionalização de jovens;
* Trabalhar educação sexual nas instituições e também nas escolas;
* Promover convênios com universidades para realizar ações de promoção da adoção e também para abordar os temas abandono e abrigamento;
* Trabalhar junto a comunidade, em especial as comunidades carentes, contra a estigma de miséria, valorização da família, preservação e proteção de menores;
* Promoção de programas para profissionalizar famílias abandonadas;
* Ofertar as crianças abrigadas o histórico de suas vidas, levando a elas o direito de conhecer a verdade de seu abrigamento, origem biológica e todas as informações as quais forem pertinentes;

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