terça-feira, 26 de junho de 2007

PRIMEIRO SEMINÁRIO PRÓ-CONVIVÊNCIA FAMILIAR REUNE DEZENAS DE PARTICIPANTES NO SENADO FEDERAL








Aberto oficialmente na noite desta segunda-feira (25/6/o Primeiro Seminário Pró-Convivência Familiar e Comunitária do Distrito Federal não promete apenas debatar uma pauta local para garantir aos menores abrigados condições de sobrevivência e convívio familiar. Foi mais que isso. A plenária reuniu dezenas de representantes de instituições de menores, integrantes dos governos local e federal e representantes estaduais do GT Nacional sobre Convivência Familiar e Comunitária em busca da construção de um novo paradigma social, onde o Estado passará a cumprir o que determina a sociedade civil na área do menor e do adolescente abrigado.




Momentos de emoção marcaram a abertura oficial. Entre eles foi a apresentação do Coral do Nosso Lar, do DF. Formado por crianças abrigadas, com idades entre oito e 14 anos, interpretaram músicas cristãs, com fundo voltado à esperança, o amor e a fraternidade. O destaque da noite foi para o testemunho do mestre em Educação mineiro Roberto Carlos Ramos. Ex-interno da FEBEM de Belo Horizonte, onde foi deixado pela mãe biológica aos seis anos, Roberto Carlos narrou, com muito bom humor, uma história de vida dolorosa e solitária. Tudo veio a mudar na sua adolescência, quando foi adotado por uma pesquisadora francesa. Roberto Carlos completou seus estudos na França e retornou ao Brasil aos 19 anos. O jovem reencontrou com sua família e hoje sua história é um exemplo de vida para todos. É pai adotivo de 15 filhos. Destes, oito ainda vivem com ele em Belo Horizonte. Sua história será roteiro para mais uma produção da FOX Filmes e será lançado no ano que vem. Vamos aguardar.

Nas falas institucionais, a Secretária de Desenvolvimento Social e Trabalho, Eliana Pedrosa, ressaltou a importância do convívio familiar e comunitário para os menores abrigados. Emocionada com o testemunho de Roberto Carlos Ramos, lembrou que aquela história deve servir de lição de vida a todos e que o governo local estará empenhado em assegurar uma política social aos abrigados do DF. A secretária executiva adjunta do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Arlete Sampaio, lembrou as leis e direitos assegurados a criança e ao adolescente e também frisou o empenho do governo federal em trabalhar de forma parceira com o governo do Distrito Federal na promoção de políticas de convívio familiar e comunitário junto a crianças e adolescentes abrigados.

O juiz titular da Vara da Infância e da Juventude do DF, Renato Rodovalho Scussel, salientou a necessidade de se praticar a pedagogia do amor. Representando a Organização Não-Governamental Terra dos Homens, Cláudia Cabral apresentou ao público a publicação GT Nacional Pró-Convivência Familiar e Comunitária, cujo grupo composto por dirigentes de 14 estados brasileiros estão reunidos em Brasília para discutir as diretrizes que vão nortear o Plano Nacional de Convivência Familiar e Comunitária.

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